domingo, 24 de junho de 2018

Regerminando

Germinar
Figura de Garden.eco

Verbo regular, sentido figurado.
Intransitivo (ter origem em) ou transitivo direto (fazer surgir).

Brotar, desabrochar, desenvolver-se, evoluir.

Com o 're' como prefixo, voltar a.
Com '-ndo' como sufixo, indica que a ação está em curso.


quinta-feira, 31 de maio de 2018

Na neblina

Sentindo-me envolta em neblina, receio o que pode ter ao redor.
Medo de ficar parada. Medo de perder o "timing", de não conseguir sair do lugar.
Mas o pior medo... É o de não haver nada.
O nada é que me apavora.
Acho que estou revisitando o enredo de "Neverending Story"...

Fonte da foto: Mimeteo

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

"Sou grata"

Fonte: Vivre Avec Ho'oponopono

"Me perdoe pelo que há em mim que provoca isso em ti."

"Te perdoo pelo que há em ti que provoca isso em mim."

Agradeço pelos que me cercam e me inspiram a evoluir.

Agradeço pela oportunidade de tornar mais leve o dia de alguém.


quarta-feira, 26 de julho de 2017

Boa noite

Figura: Telefone sem Linha
Me despeço da consciência do dia de hoje esperando que meu bem-querer te encontre.
Te encontre com saúde, te encontre com alegria. Te encontre tranquilo. Te encontre são.
Te encontre.
Se encontre...
Me encontre...

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Da casca

E de tanto açoite do acaso, ela se fechou numa casca.
Espessa, densa, impenetrável.

Porém continuava vivendo lá, escondida. Sozinha em si mesma, é verdade.  O medo da mágoa, infelizmente, provoca esses artefatos.
Mas, ela resolveu olhar por uma fresta. Afinal, já era tempo de abandonar o casulo.
Aos poucos foi arriscando. Uma espiada, um lampejo, um passinho...

E saiu. E continuou sorrindo para a vida, pois não sabia ser diferente.
E acreditou.
E foi espontânea, íntegra, sem meios termos.

E novamente... A decepção...

Ela luta então para não se recolher à casca.
Porque está cansada de tanta metamorfose.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Pique-Esconde

Ok, Futuro, já pode vir!
Fonte: Gateway no Labirinto Ashcombe.
Foto de Tracey Fleming.
Pode parar de se esconder!
Todo mundo já foi pego, ou então bateu no poste: "1, 2, 3, Presente!"...
 "Salve todos"? Acho que não...

O Presente ajuda a quem se ajuda. Simples assim.
Tem uns que teimam em ficar com o Passado.
Pobrezinhos... Mas não vai adiantar.
Todo mundo sabe onde o Passado se esconde, logo não tem graça nenhuma.

Agora você, Futuro...
Não precisa ser tímido, meu caro.
Alguns têm medo que você não vença o pique-esconde.
Mas quer saber? Pouco importa!
O legal é brincar, o frio na barriga, o suspense do pique.
Então... Venha!
E tá com você!




segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Do rei dourado

Na verdade, meu rei nunca foi meu.
Imagem: Gezondheid & Co.
Ele é do céu, é do ar, passarinho.
Ele é do mar, fluido, imprevisível.
Do mar, sim... E nos olhos ele carrega as ondas: intensas, urgentes, desbravadoras.

Ele revela sua paixão pela vida em seu sorriso.
Amplo, sem sombras, apenas horizontes.
Sem talvez, sem "será?", sem falsas expectativas.
Puramente o sorriso, a vontade de sorrir, simplesmente.

E assim o faz: ele sorri!
Ele sorri e o sol aparece, e os nós se desfazem.
E eu me desfaço.

É... Meu rei não é meu...
Ele é comprometido com sua liberdade.
Posso chamá-lo assim, de meu, mas é pura ilusão.
Meu rei é dele mesmo.
E como aquariana típica, me rendo a essa liberdade.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Da empatia

No Dicionário InFormal, empatia significa "Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias.

Nunca tive dificuldade em ser empática. Desde pequena fui ensinada a imaginar como me sentiria se eu estivesse no lugar de outro indivíduo. A mensagem dos meus pais era: o que você não quer para você, não faça para outrem.

Infelizmente, o tema ainda é mal interpretado atualmente. Muitos não conseguem ou nem tentam exercitar a empatia. Em contrapartida, há alguns que, de tanto se colocarem na posição do "outro", têm dificuldade em ocupar seu próprio espaço. Em assumir suas vontades, suas crenças, suas opções. Em perceber limites. Muitas vezes, suas limitações.

O que eu acho? Para ser humilde não é preciso se humilhar, ou permitir ser humilhado. Respeite para ser respeitado, sempre... Isso inclui respeitar-se também!

Ser empático não significa abandonar sua personalidade para agradar a terceiros. Significa a capacidade de se colocar no lugar do próximo, não a habilidade de se anular. Aliás, isso nem habilidade é...
Figura: Recursos Coaching y PNL

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Minhas avós, aquelas feministas

Carmem e Áurea nasceram no início do século XX, por volta de 1920.

Uma vivia em um sítio com a família, quando então resolveram migrar para o interior do Rio de Janeiro, para uma humilde e pequena propriedade; roça também. Quando criança aprendeu sobre ervas, conhecimento passado entre gerações. Tinha um sonho: virar enfermeira! Cuidar das pessoas. Seu pai permitiu que ela cursasse apenas até a terceira série. “Para quê uma mulher precisa estudar?”. Casou-se com seu único amor. À primeira vista se apaixonou, costumava contar com um sorriso nos olhos.

A outra conheceu as mazelas da fome ainda criança nas praias de Salvador. Filha de um português que dava mais valor a seu casamento com a bebida que com a própria esposa, uma cabocla. Para tentar mudar o presente de sofrimento e um futuro de incertezas, sua mãe a casou aos 15 anos com um homem que era respeitado nas redondezas. Detalhe: o “respeitável” a comprou, como era costume na Bahia naquela época. Não conformada com sua história, não cedeu a seu dono, digo, marido. Dormia com um facão embaixo do travesseiro, caso ele tentasse ter à força o que “era seu por direito”. Afinal, havia pagado, não é mesmo? Havia casado, inclusive! Como tinha medo daquela onça, ele a mantinha trancada num quarto, e pagava a uma vizinha para alimentá-la. Carmem também tinha um sonho: ser livre! E sua liberdade estava no Rio de Janeiro, tinha certeza. Na primeiríssima oportunidade, fugiu. Escondeu-se num navio da Marinha Mercante. Só a descobriram após três dias, já em alto mar. Depois de tudo, confiaria em algum daqueles marujos? Por certo que não!

Já Áurea, que desde cedo teve melhor sorte, casou-se com seu “Romeu”. Como o bom marido que era, não permitia que ela trabalhasse. Dava a ela tudo o que precisava. De comida a tecido para fazer roupas. Dinheiro? Para quê? Ele mesmo comprava tudo! Eram pobres, mas nunca faltou comida. Quando os filhos cresceram, ela pode começar a fazer alguns serviços na casa de conhecidos, para ter seu próprio “vintém”. Que era gasto em casa, para complementar a renda da família.

Para resumir a história da baiana, ela foi morar com um gaúcho, viúvo, 30 anos mais velho que ela. Ele havia ficado com pena daquela menina assustada que parecia uma fera em seu navio. Um dos tripulantes - Santo homem! - conseguiu convencer a ambos que o melhor era que ficassem juntos. E assim enfrentaram a família dele, tradicional. Ele não tivera filhos no primeiro casamento, nem havia constituído um patrimônio. A menina-onça resolveu essas questões: tiveram 5 herdeiros, e ela construiu para ele seu império, fazendo a administração dos bens que foram adquirindo ao longo dos anos. Quando enfim constataram que ela era realmente séria, a aceitaram. E ela pode então buscar sua mãe e irmãos, resgatando-os daquela vida de infortúnios.

Carmem e Áurea não queimaram sutiãs em praça pública; eram conservadoras, religiosas. E apesar de tudo, ambas foram mulheres a frente de seu tempo. Mesmo vivendo sob o jugo de uma sociedade que via a mulher como adorno, como uma simples costela do homem, não propagaram esse conceito para suas filhas, netas, e até mesmo noras. Pelo contrário! “Estude! Tenha seu dinheiro! Não dependa de homem algum!” Era o discurso daquelas... feministas?


domingo, 18 de outubro de 2015

The only way is...

Up!