Sabe aquele frio inexplicável na
barriga?
Um rubor inesperado, uma brisa repentina? Posso traduzir assim nossa aproximação. Um recadinho alegra meu dia, a falta dele pode arruiná-lo.
Um rubor inesperado, uma brisa repentina? Posso traduzir assim nossa aproximação. Um recadinho alegra meu dia, a falta dele pode arruiná-lo.
Queria escrever aqui tantas coisas! Mas
a timidez é a minha companheira mais antiga, e não abre mão de seu espaço com
facilidade. E todas as vezes que a decepção (essa não é minha amiga, mas já me
visitou algumas vezes) saiu vitoriosa, a timidez veio se gabar, reforçando a
ideia de que devo ter mais cautela ainda, mais cuidado, mais muros. Mas resolvi
escrever, então vamos lá!
Nunca fui “namoradeira”. Sempre tive
inúmeros amigos, a maioria rapazes. Mas envolvimento amoroso, beijo na boca,
namorados, posso contar em apenas uma das mãos. Ah, e sempre com homens! (Nos
dias de hoje, melhor deixar claro, né?). Dois namoros looooooongos. Sempre dizia
que não ia casar, até me apaixonar perdidamente. Trocamos alianças 4 anos
depois de nos conhecermos. Nos separamos 2 anos depois de nosso filho nascer,
eu então com 39, ele com 30. Posso afirmar que foi a primeira vez que “perdi o
chão”, perdi o norte. Não só por causa dele, mas porque enfim eu não fazia a
menor ideia de como seria meu futuro.
Desde então, praticamente sozinha. Para
a loucura das minhas amigas mais jovens e solteiras, que não se conformam. Acho
que o fato de morar longe da família e dos amigos mais antigos colabora. Ser
cosmopolita e viver em cidade do interior é uma barra! Separada, filho pequeno,
independente, carioca, resolvida? Sou encarada como uma ameaça pelas
casadas e como fetiche para alguns homens. Não, obrigada! Premissa básica?
NUNCA me envolver com homem comprometido.
E aí, eu me deparo com você...
“Quem é essa pessoa com cara de adrenalina?”
E eu vejo só perfeição, até nos
prováveis defeitos que com certeza você tem.
“Mas ele mora a 8000km.”
E eu te sinto perto, aquecendo meu
despertar e serenando minhas noites.
“Não posso, não quero, não devo... Quero, desejo, preciso!”
Sou uma tola romântica, sim. Mas também
a cientista racional. Escrever essa verdade traz lágrimas aos olhos... Eis que
me lembro dos seus a me fitar. Do seu sorriso sedutor... E meus dias se
alternam nessa gangorra emocional.
Não sei o que eu
represento para você.
Talvez eu seja só mais uma dose de
adrenalina na sua vida de saltos, mergulhos, viagens... E aí me sinto pequena...
Porém
você vem e me diz “Feliz São Valentim”,
seja lá o que isso quer dizer...E me sinto plena.
Nota: De uma mensagem que enviei para o certo alguém no dia 14 de fevereiro, Valentine's day.
Nenhum comentário:
Postar um comentário