terça-feira, 17 de março de 2015

Valentim para um certo alguém

Sabe aquele frio inexplicável na barriga?
Um rubor inesperado, uma brisa repentina? Posso traduzir assim nossa aproximação. Um recadinho alegra meu dia, a falta dele pode arruiná-lo.

Queria escrever aqui tantas coisas! Mas a timidez é a minha companheira mais antiga, e não abre mão de seu espaço com facilidade. E todas as vezes que a decepção (essa não é minha amiga, mas já me visitou algumas vezes) saiu vitoriosa, a timidez veio se gabar, reforçando a ideia de que devo ter mais cautela ainda, mais cuidado, mais muros. Mas resolvi escrever, então vamos lá!

Nunca fui “namoradeira”. Sempre tive inúmeros amigos, a maioria rapazes. Mas envolvimento amoroso, beijo na boca, namorados, posso contar em apenas uma das mãos. Ah, e sempre com homens! (Nos dias de hoje, melhor deixar claro, né?). Dois namoros looooooongos. Sempre dizia que não ia casar, até me apaixonar perdidamente. Trocamos alianças 4 anos depois de nos conhecermos. Nos separamos 2 anos depois de nosso filho nascer, eu então com 39, ele com 30. Posso afirmar que foi a primeira vez que “perdi o chão”, perdi o norte. Não só por causa dele, mas porque enfim eu não fazia a menor ideia de como seria meu futuro.

Desde então, praticamente sozinha. Para a loucura das minhas amigas mais jovens e solteiras, que não se conformam. Acho que o fato de morar longe da família e dos amigos mais antigos colabora. Ser cosmopolita e viver em cidade do interior é uma barra! Separada, filho pequeno, independente, carioca, resolvida? Sou encarada como uma ameaça pelas casadas e como fetiche para alguns homens. Não, obrigada! Premissa básica? NUNCA me envolver com homem comprometido.

E aí, eu me deparo com você...
“Quem é essa pessoa com cara de adrenalina?”
E eu vejo só perfeição, até nos prováveis defeitos que com certeza você tem.
“Mas ele mora a 8000km.”
E eu te sinto perto, aquecendo meu despertar e serenando minhas noites.
“Não posso, não quero, não devo... Quero, desejo, preciso!”

Sou uma tola romântica, sim. Mas também a cientista racional. Escrever essa verdade traz lágrimas aos olhos... Eis que me lembro dos seus a me fitar. Do seu sorriso sedutor... E meus dias se alternam nessa gangorra emocional.

Não sei o que eu represento para você.
Talvez eu seja só mais uma dose de adrenalina na sua vida de saltos, mergulhos, viagens... E aí me sinto pequena...
Porém você vem e me diz “Feliz São Valentim”, seja lá o que isso quer dizer...
E me sinto plena.

Nota: De uma mensagem que enviei para o certo alguém no dia 14 de fevereiro, Valentine's day.

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