Sendo nuvem, podia ir e vir por aí, ao sabor do vento, qualquer forma que quisesse.
Sempre distante, sempre observando.
Crianças brincando, praias, bosques...
Cidades, vilarejos, casebres, mansões... Indistintos.
Os que queriam, olhavam para o alto e a viam.

Estava no céu.
Não mais! Chega de passeios com outras nuvens.
Chega de raios e trovões tão de perto.
Bastava de ser nuvem!
E então tornou-se chuva.
Encheu cântaros e lagos.
Correu pelas encostas, passou pelas ruas, cruzou bairros, mares, oceanos.
Mas sentiu falta do céu...
Dos pássaros, da altitude, da liberdade de ir em seu próprio ritmo.
E num dia de sol, deixou-se envolver por seus raios.
E reencontrou-se num sorriso com a luz das estrelas.
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