sábado, 28 de março de 2015

Ok, cupido!

Pintura de Bouguereau:
Jovem se defendendo de Eros.
Fonte: Wikipedia.
Devo ter enfurecido Afrodite.
Ou Freya. Ou Ísis.

Eros, o cupido? Este com certeza está de mal.
Não sei porque ele cismou comigo!
Quando percebo que ele está com seu arco em minha direção, desvio, me escondo, uso escudos.
Mas ele não desiste...

Ok, cupido!
Mas use duas setas, não apenas uma só e em mim!
Porque fere perceber que ele não quer meu afeto.
Porque dói não ser correspondida.

sábado, 21 de março de 2015

De escolhas

Que nunca me faltem opções.
Mas que eu tenha consciência de minhas decisões, tanto para o bem quanto para o mal.
Figura: "Encruzilhada", do blog Pense Fora da Caixa.

Que eu sempre opte pelo caminho da virtude.
Mas, caso eu me engane, que não tenha vergonha de corrigir a rota.

Que eu sempre tenha uma palavra de conforto, porém justa.
Que para meus amigos, parentes, entes queridos, eu tenha todo o tempo do mundo.
Mas se a rotina me roubar de seu convívio, que eu nunca esqueça de me fazer presente, pelo tempo que for disponível.

Que a alegria inunde meus dias, que a serenidade contemple minhas noites.
Que a integridade seja minha espada e a verdade o meu escudo.

Sei que peço muito, Senhor.
Mas por favor, guarde os Seus.

terça-feira, 17 de março de 2015

Valentim para um certo alguém

Sabe aquele frio inexplicável na barriga?
Um rubor inesperado, uma brisa repentina? Posso traduzir assim nossa aproximação. Um recadinho alegra meu dia, a falta dele pode arruiná-lo.

Queria escrever aqui tantas coisas! Mas a timidez é a minha companheira mais antiga, e não abre mão de seu espaço com facilidade. E todas as vezes que a decepção (essa não é minha amiga, mas já me visitou algumas vezes) saiu vitoriosa, a timidez veio se gabar, reforçando a ideia de que devo ter mais cautela ainda, mais cuidado, mais muros. Mas resolvi escrever, então vamos lá!

Nunca fui “namoradeira”. Sempre tive inúmeros amigos, a maioria rapazes. Mas envolvimento amoroso, beijo na boca, namorados, posso contar em apenas uma das mãos. Ah, e sempre com homens! (Nos dias de hoje, melhor deixar claro, né?). Dois namoros looooooongos. Sempre dizia que não ia casar, até me apaixonar perdidamente. Trocamos alianças 4 anos depois de nos conhecermos. Nos separamos 2 anos depois de nosso filho nascer, eu então com 39, ele com 30. Posso afirmar que foi a primeira vez que “perdi o chão”, perdi o norte. Não só por causa dele, mas porque enfim eu não fazia a menor ideia de como seria meu futuro.

Desde então, praticamente sozinha. Para a loucura das minhas amigas mais jovens e solteiras, que não se conformam. Acho que o fato de morar longe da família e dos amigos mais antigos colabora. Ser cosmopolita e viver em cidade do interior é uma barra! Separada, filho pequeno, independente, carioca, resolvida? Sou encarada como uma ameaça pelas casadas e como fetiche para alguns homens. Não, obrigada! Premissa básica? NUNCA me envolver com homem comprometido.

E aí, eu me deparo com você...
“Quem é essa pessoa com cara de adrenalina?”
E eu vejo só perfeição, até nos prováveis defeitos que com certeza você tem.
“Mas ele mora a 8000km.”
E eu te sinto perto, aquecendo meu despertar e serenando minhas noites.
“Não posso, não quero, não devo... Quero, desejo, preciso!”

Sou uma tola romântica, sim. Mas também a cientista racional. Escrever essa verdade traz lágrimas aos olhos... Eis que me lembro dos seus a me fitar. Do seu sorriso sedutor... E meus dias se alternam nessa gangorra emocional.

Não sei o que eu represento para você.
Talvez eu seja só mais uma dose de adrenalina na sua vida de saltos, mergulhos, viagens... E aí me sinto pequena...
Porém você vem e me diz “Feliz São Valentim”, seja lá o que isso quer dizer...
E me sinto plena.

Nota: De uma mensagem que enviei para o certo alguém no dia 14 de fevereiro, Valentine's day.