quinta-feira, 23 de maio de 2013

Faltando um pedaço

Em abril fez dois anos que perdi uma parte do meu coração.
Achei que logo ele se reconstruiria,
que - como uma estrela-do-mar - se refaria...
Bastaria dar tempo ao tempo!

Ao tempo, dei tempo...
Ao que restou do meu coração, esperança.
Depois, dúvida.
E então a desilusão...

Esse pedaço amputado do coração, extirpado, de mim arrancado...
Recuperado sei que não será.
Preencher o espaço vazio... Como assim? O pedaço não mais está!
Foi-se! O perdi!

Lágrimas? Para quê?
Terei que me adaptar, aprender a viver com o que dele sobrou, pois não existe um "transplante".
Na verdade, já aprendi a conviver com esta ausência...
Como se esta falta fosse uma distante presença, porém uma presente lembrança.

Sou feliz com a fração que comigo ficou, e acredito que - Sim! - a usarei bastante.
Me sinto plena... mas não por inteiro.
Porque, como feitiço,
aquele pedaço do meu coração ainda pulsa, todavia longe de mim.

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